Desenvolvimento embrionário é a maneira pela qual a célula formada pela união dos gametas, o zigoto, origina um animal multicelular, que pode ser constituído por até trilhões de células de centenas de tipos diferentes. Esse processo é o objeto da Embriologia.
A primeira conceituação de desenvolvimento ocorreu no âmbito das ciências naturais, em meados do século XVIII, quando Caspas F. Wolff (1733-1734) definiu desenvolvimento embrionário como o crescimento alo métrico até a forma apropriada do ser vivo.
Tipos de ovócitos
Os ovócitos se classificam de acordo com a quantidade de vitelo, ou seja, conjunto de substâncias nutritivas, que servirão de alimentos para os embriões que possui.
Óvulos alécitos:
são óvulos semelhantes aos oligolécitos, e também possuem pouco vitelo. Este tipo de óvulo ocorre na maioria dos mamíferos .
Também é conhecido como isolécito.
Óvulos heterolécitos:
são aqueles que apresentam vitelo concentrado no pólo vegetativo do óvulo. Esses tipos de óvulos são encontrados em peixes e anfíbios.
Óvulos telolécitos:
com grande quantidade de vitelo ocupando quase todo o ovo, ficando o citoplasma e o núcleo reduzidos a uma pequena área, a cicatrícula ou disco germinativo, situado no pólo animal. Ocorrem em moluscos cefalópodes, alguns peixes, répteis, aves e mamíferos monotremados.
Óvulos centrolécitos:
são aqueles que apresentam o vitelo na região central do óvulo, ao redor do núcleo. Esses tipos de óvulos são encontrados em artrópodes, tais como os insetos, as aranhas e os crustáceos.
Óvulos Isolécitos ou oligolécitos:
Possuem pouco vitelo, distribuído homogênea ou quase homogeneamente pelo citoplasma
Segmentação.
A célula-ovo (zigoto) sofre sucessivas divisões originando células menores chamadas blastômeros. A divisão da célula-ovo até a formação dos blastômeros recebe o nome de clivagem
Tipos de segmentação
Como nem todo ovo possui a mesma quantidade de vitelo, a divisão do ovo varia de um tipo para o outro ocorrendo as seguintes divisões:
Segmentação holoblástica total
Segmentação holoblástica: ocorre em ovos isolécitos e heterolécitos. Embora apresentem o mesmo tipo de segmentação, esses ovos possuem uma diferente distribuição de vitelo, o que permite deduzir que a segmentação holoblástica é diferente nestes dois tipos de ovos.
Segmentação holoblástica igual : É a segmentação que origina 8 (oito) blastômeros na terceira clivagem, do mesmo tamanhos. Ocorrem em ovos alécitos e em alguns oligolécitos. O óvulo possui pequena quantidade de vitelo e por isso a clivagem ocorre por todo o ovo (holoblástica). Como o vitelo está distribuído de maneira homogênea a velocidade de clivagem será a mesma por todo o ovo, formando blastômeros de tamanhos iguais.
Segmentação holoblástica desigual : é a segmentação que origina, com a terceira clivagem, 8 blastômeros de tamanhos diferentes. Os 4 blastômeros menores recebem o nome de micrômeros e se localizam no pólo animal e os 4 maiores recebem o nome de macrômerose se localizam no pólo vegetativo. Esse tipo de segmentação ocorre nos ovos heterolécitos. A segmentação continua sendo holoblástica, porém como o vitelo está distribuído de maneira desigual, a velocidade de clivagem também será desigual. O pólo vegetativo divide-se mais lentamente formando blastômeros maiores. O pólo animal divide-se mais rapidamente formando blastômeros menores.
Segmentação holoblática subigual: É um tipo de segmentação desigual em que os blastômeros não diferem muito entre si quanto ao tamanho; ocorre em alguns ovos isolécitos.
Segmentação meroblástica
Nos ovos com bastante vitelo, como no caso dos telolécitos e centrolécitos, apenas o protoplasma se divide, de maneira que a segmentação do ovo é apenas parcial. Distinguem-se dois tipos:
Meroblástica discoidal: é típico dos ovos telolécitos e atinge apenas o disco germinativo. Pode ser observada na evolução do ovo das aves.
Meroblástica superficial: ocorre em ovos centrolécitos dos artrópodes
Fases da segmentação
Embora existam diferentes tipos de segmentação, eles normalmente se realizam segundo duas fases:
Mórula, em que se forma um maciço celular com poucas células;
Blástula, em que é aumentado o número de célula e se forma uma cavidade interna cheia de líquido.
Durante a fase de mórula e a de blástula, o volume total permanece praticamente constante, embora aumente o número de células. A cavidade central que se observa na blástula recebe o nome de blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido sintetizado pelas células que formam os seus limites. Nos ovos isolécitos e nos heterolécitos a blastocele é bem desenvolvida. Na blástula originada da segmentação de ovos telolécitos, não se observa a verdadeira blastocele, pois a cavidade formada não é inteiramente delimitada pelos blastômeros. Essa cavidade é delimitada em parte pelos blastômeros e em parte pelo vitelo. Nesse caso, a cavidade formada recebe o nome de cavidade subgerminal, que também é preenchida por líquido sintetizado pelas células. A blástula que se forma a partir da segmentação de ovos telolécitos recebe o nome de discoblástula.
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